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sábado, 21 de janeiro de 2012

ENTREVISTA 43 - RELLYSON AGUIAR.

Esta é a primeira entrevista do CXM paro quadro semanal "Enxadrista da Semana".
Vamos ter a oportunidade de conhecer as opiniões de um dos enxadristas mais ativos no processo de popularização do xadrez em Santarém. Num clima descontraído Rellyson fala sobre as perspectivas do esporte xadrez no contexto municipal; dá prognósticos sobre o próximo campeão mundial que será conhecido ainda este ano e mais, por isso não percam !!


01º) Ok....senhor Rellyson, pra começar eu te pergunto: o que te levava; o que te leva e o que te levará a sentar na frente de um tabuleiro e jogar xadrez?



Bom, o que me levava: era a complexidade da mobilidade de peças e o movimento do jogo em si. O que me leva: é entender que a cada dia que passa eu aprendo mais e mais com este jogo. O que me levara é saber que além de sentar pra jogar eu também estou tentando ajudar a alavancar a prática deste esporte nesta cidade!!!!!!!!


02º) Qual é o seu enxadrista predileto? E por quê?


Por ainda não ter estudado mais a biografia de outros enxadristas, pra mim é o Garry Kasparov, digamos porque eu acompanhei um pouco mais o seu lado enxadristico, além de ter lido um livro de sua autoria! Um livro bem interessante por sinal!


03º) Como você define o seu estilo de jogo?


Tá aí uma coisa que sinceramente, não sei lhe responder. Por um lado, acho que jogo posicional, mas por outro, também jogo aberto com trocas de peças! Você, que já jogou comigo algumas partidas como definiria?


-- Eu respondo:


Se técnico for um estilo, esse seria o seu; você demonstra nos seus lances que estudou xadrez ok.


04º) A que você atribui o fato do xadrez não ser notório em Santarém?


Bom! Creio que seja a cultura. A cidade até dispõe de ótimos enxadrista, mas o apoio a eles e ao incentivo à prática desse esporte, ainda é muito pequeno! Acredito que desde 2009, quando o Governo Federal implantou o Programa Mais Educação no Brasil, o nosso sonho do xadrez expandido pela cidade, começou a se tornar realidade. É a partir desse programa que nós veremos o futuro do xadrez, em nossa cidade. Porque está começando com quem exatamente deve começar: as crianças.


05º) O que você diria para as pessoas, que não sabem jogar e estão com vontade de aprender xadrez e que estão nos lendo agora?


Digo: Procurem o Clube de Xadrez Muiraquita. Lá temos enxadristas que poderão ensinar a jogar. Todos os domingos, no Shopping Center, 3o. piso, a partir das 17:00 horas. O CXM também dispõe de professores, que fizeram capacitação para exercer essa função e atuam em algumas escolas municipais e estaduais aqui em Santarém.


06º) Você prefere partidas com controle de tempo alto ou baixo?


Gosto dos dois tipos de controle de tempo, porém, gosto e prefitro tempo curto!!!!


07º) Você tem alguma peça preferida?


Sim. Cavalo. Pelas surpresas que ele pode fazer. "eheheh" (risos).


08º) Quem você acha que vai ser o próximo campeão do mundo esse ano? Anand ou Gelfand?


Acho que ainda não vi nenhuma partida de Gelfand, porém, o Anand nos ultimos anos está predominante, juntamente com Magnus Carlsen. Acredito que Anand conseguirá manter o título.


09º) Se motos fossem peças de xadrez, você poderia citar uma para cada uma das 6 peças diferentes do xadrez?


(Risos) Essa é boa! Os peões poderiam ser as Pop 100 (risos); a Torre poderia ser uma CB 600 cc; o Cavalo seria uma Lander 250 cc; o Bispo seria uma XRE 300 cc; a Dama seria uma Hayabusa 1100 cc (acho que é assim que escreve). E o Rei seria uma Harley Davidson. Acho que seria assim. Mas essa pergunta é muito engraçada e interessante, nunca tinha pensado nessa ideia.


10º) Para finalisar, tem alguma pergunta que eu devia ter feito e não fiz ?


Sinceramente não sei, mas creio que não.


-- Obrigado Rellyson, pela oportunidade de te conhecer melhor! Eu e todos os leitores do blog agradecemos!






Por Edin Oeiras.
Postado por Clube de Xadrez Muiraquitã às 04:52 Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter. Compartilhar no Facebook. Compartilhar no Orkut2 comentários:
GilmarJan 16, 2012 02:50 PM.
A ideia dessa entrevista é brilhante, o entrevistador sensacional e o entrevistado demonstrou uma capacidade intelectual acima das expectativas. Parabéns.
Responder Excluir
Respostas Clube de Xadrez Muiraquitã. Jan 17, 2012 05:33 AM.
Quer dizer que tu esperavas menos do Rellyson?[risos].
Excluir

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REFERÊNCIA:
http://cbxmuiraquita.blogspot.com/2012/01/entrevista-com-rellyson-aguiaro.html
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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ENTREVISTA 42 - MF Luis Rodi

Vivian Heinrichs • 27 de janeiro de 2011 • Categoria: Entrevista
Nome: Luis Rodi
Título: Mestre FIDE, com três normas de MI.
Rating FIDE: 2310



XadrezTotal: Cite as mais importantes partidas jogadas ao longo da sua carreira.
Rodi: Levando em conta a importância esportiva, deveria dizer que a mais importante – por enquanto – foi a última rodada do ITT realizado na ALEX (Rio de Janeiro) contra o mestre internacional da Suécia Dan Cramling, pois esta vitória, me outorgou a terceira [e ultima] norma de mestre internacional.


XadrezTotal: Quais os seus principais títulos?
Rodi: Fiquei bem feliz com a vitória no magistral da ALEX, pois o ano 2010 não tinha sido tão bom esportivamente. Considerando que era o quinto pré-classificado foi um bom resultado e um excelente começo do ano. Já tinha vencido algumas etapas de Abertos do Brasil (entre os últimos lembro um na cidade mineira de Sete Lagoas e outro em Santos, que foi o primeiro torneio aberto que ganhei no Brasil), e geralmente obtive bons resultados nas competições por equipes como os regionais e abertos paulistas (dois ouros nos Jogos Abertos, dois ouros nos Jogos Regionais e duas pratas também nos Regionais).


XadrezTotal: Você quase sempre começava perdendo a primeira partida em um torneio de norma. Como fez para mudar isto?
Rodi: Ainda não sei se mudei… o dos últimos torneios pode ser um acidente. Esperemos os próximos torneios, para saber se realmente modificarei a tendência…


XadrezTotal: Como foi fazer norma de MI em um Magistral que contava com a participação de quatro GMs? [VI Magistral da Hebraica 2009]
Rodi: Foi bem difícil, porque, fiel ao meu “costume” daqueles tempos, comecei perdendo a primeira rodada, e não satisfeito com isso, perdi a segunda também, e isso contra os enxadristas de menor rating. A perspectiva era, pois, pouco otimista, e mais ainda, considerando que me restava jogar contra todos os grandes mestres, e também contra enxadristas que estavam muito perto de serem grandes mestres, como era o caso do [hoje GM] Krikor Mekhitarian. Mas nesta hora aconteceu algo que também me define [alias, no ITT da ALEX mais uma vez ficou demonstrado] ainda que, nas piores dificuldades, eu luto pelo que acredito, e eu acreditava que poderia jogar um melhor xadrez do que vinha fazendo. Assim foi que cheguei à última rodada, contra o grande mestre Fier, precisando um empate para fazer a minha segunda norma, resultado que obtive jogando com as peças negras, após uma partida interessante.


XadrezTotal: Sabe-se que você sempre gostou do Brasil, como foi a decisão de mudar-se para o nosso país?
Rodi: Eu sempre gostei de Brasil, fundamentalmente pelo seu povo, seu jeito humano, as virtudes, que como sociedade, eu reconheço neste grande país. Em certos aspectos o Brasil me lembra aquele Uruguai natal que deixe quando criança, para passar a morar na Argentina, o que sem dúvida era outro atrativo. Infelizmente a Argentina, depois de ser também um grande país, nos últimos tempos (eu diria desde a última ditadura, que foi especialmente negativa desde todos os pontos de vista, até no econômico) foi-se degradando, até se converter numa sociedade canibal, que aplica uma forma de capitalismo selvagem, onde as pessoas parecem valer pelo que possuem e não pelo que são, onde os políticos do governo, e também da oposição, são igualmente ruins, e onde as esperanças dos que menos possuem, estão nos níveis mais baixos dos últimos setenta anos. Não estou de acordo com esse tipo de sociedade, onde o ser humano é uma mercadoria, e faz tempo que eu planejava mudar-me para outro tipo de sociedade. Mas para isso também existe um componente econômico: você precisa assegurar seu sustento, ter um méio de vida.

Durante o final do ano 2009 tive importantes conversas com o grande mestre Darcy Lima, a quem conhecia há anos, e que sempre tinha me transmitido nos seus atos, a seriedade e confiabilidade que eu considero imprescindível para qualquer tipo de negocio. Ele me expressou então, alguns dos seus projetos e possibilidades de desenvolver produtos enxadrísticos no Brasil. Gostei da idéia, além disso, me
considerava capacitado para desenvolve-las. Foi decisivo na minha escolha de passar a morar no Brasil, o fato de ser o Darcy, o gestor dos empreendimentos que estamos realizando. Quando você dá um passo tão radical [muda de um país a outro, com diferente idioma, outra cultura, começando de zero] é imprescindível contar com a ajuda e boa vontade de pessoas confiáveis, e eu achei isso na figura do grande mestre Lima, a quem considero um dos grandes protagonistas do xadrez latino-americano.


Na Hebraica, onde fez sua segunda norma de MI,

XadrezTotal: Conte-nos como está a sua rotina de trabalho no Rio de Janeiro.
Rodi: Divido o meu trabalho entre o jornal Xadrez Diário, as aulas na academia que leva o mesmo nome, e a participação em diversos torneios. No meu tempo livre, trabalho tentando melhorar meu xadrez.

XadrezTotal: Você se destaca também como bom treinador. Conte-nos sobre este trabalho.
Rodi: Realmente gosto de dar aulas. Acho que tenho uma didática que me permite passar os meus conhecimentos a outras pessoas, e desse jeito ajudá-las a melhorar seu xadrez e seu pensamento. Na academia dirigida pelo Darcy, eu dou aulas individuais, mas também estamos preparando cursos diversos (aberturas, meio jogo, finais) para grupos, que estão disponíveis para os clubes e federações de todo o país. Acreditamos que seja possível realizar um bom trabalho nesta área, a partir dos recursos humanos da academia.

XadrezTotal: Você é editor do Xadrez Diário, coordenado pelo GM Darcy Lima. Sabemos que é um árduo trabalho, pois o jornal está sendo editado há mais de um ano, ininterruptamente, com sucesso. Qual é o segredo?
Rodi: Fazer com responsabilidade e carinho. É outro trabalho que eu gosto muito de fazer, pois me permite também melhorar o meu xadrez no processo. O jornal apresenta todos os dias uma partida comentada, geralmente do dia anterior, junto com informações dos principais torneios no Brasil e do mundo, e um exercício para resolver. Chega aos assinantes diariamente em diversos formatos [PDF, CBV e PGN] e oferece uma rápida visão do que se está sendo jogado no mundo, com ênfase nos aspectos estratégicos do jogo, para o qual damos prioridade nas explicações verbais, ao invés de meras variantes enciclopédicas.

XadrezTotal: Você é editor do Xadrez Diário, coordenado pelo GM Darcy Lima. Sabemos que é um árduo trabalho, pois o jornal está sendo editado há mais de um ano, ininterruptamente, com sucesso. Qual é o segredo?
Rodi: Fazer com responsabilidade e carinho. É outro trabalho que eu gosto muito de fazer, pois me permite também melhorar o meu xadrez no processo. O jornal apresenta todos os dias uma partida comentada, geralmente do dia anterior, junto com informações dos principais torneios no Brasil e do mundo, e um exercício para resolver. Chega aos assinantes diariamente em diversos formatos [PDF, CBV e PGN] e oferece uma rápida visão do que se está sendo jogado no mundo, com ênfase nos aspectos estratégicos do jogo, para o qual damos prioridade nas explicações verbais, ao invés de meras variantes enciclopédicas.




XadrezTotal: Existe um movimento no xadrez do Rio de Janeiro, que tem feito muitos torneios, inclusive este ITT onde você fez sua última norma de MI. Conte-nos sobre a Convergência do Xadrez Fluminense.
Rodi: O xadrez carioca, apesar do seu brilhante histórico, nos últimos anos tem sofrido uma queda esportiva persistente, um profundo sono, do qual a Convergência parece tê-lo acordado. Pelo menos, os enxadristas começaram a ver sinais de vida no Rio, desde a aparição deste movimento: a quantidade de torneios e atividades se multiplicou no Estado, o que é uma boa novidade para qualquer pessoa que ame o xadrez. Já são dezenove entodades, dentre as principais do Estado, entre elas, os tradicionais, Clube de Xadrez Guanabara e a Associação Leopoldinense de Xadrez, a Alex.



nalisando a partida que lhe valeu a terceira norma, com o MI Dan Cramling





Recebendo o troféu, das mãos do AF Carlos Carvalho

XadrezTotal: Você tem um histórico, de, na Argentina, lutar e protestar contra torneios suspeitos, organizadores que fazem torneios pedindo para que os jogadores “entreguem” partidas para o “jogador local”. Este problema persiste?
Rodi: Na cidade onde eu morava, Pinamar, na Argentina, existe um “personagem” que organiza e “joga” torneios, onde entrega uma quantia em dinheiro a mestres de duvidosa reputação, em troca de entregarem as partidas, e assim, o beneficiado fazer normas de mestre internacional e subir seu rating, a absurdos mais de 2400, que é um nível que ele não possui, nem de longe.

Agora este sujeito quer comprar o título de grande mestre, e para isto, está organizando torneios nesta cidade, com o objetivo de subir o rating até ultrapassar os 2500. Claro que no ambiente enxadrístico, todos o conhecem, e nenhum organizador sério o convida para jogar nada, mas sempre há desprevenidos que acreditam em sua história. Este é um caso único, do qual foram testemunhas, os enxadristas desta região, e em diversas oportunidades, solicitamos à federação argentina, que tome medidas. Infelizmente este tipo de picareta existe, e prejudica o xadrez, afastando os possíveis patrocinadores, e dando uma imagem negativa do jogo, que infelizmente, ataca aos profissionais sérios, além de ser uma péssima influência para os jovens.

Lamentavelmente, na Argentina, não se tomaram as medidas corretas contra este tipo de conduta, fato que fez surgirem seguidores, para este tipo de delito. Logo, o problema persiste, e está cada vez, mais grave. O problema, entendo, é universal [lembrem o caso do paraíso do rating em Mianmar, ou o denominado caso Crisan] e nos últimos tempos ainda existe mais uma alternativa para esse tipo de pilantras, que é fazer uso da tecnologia para utilizar os serviços de algum programa de xadrez forte nos seus jogos, em muitos casos com a cumplicidade de algum outro indesejável. Acredito firmemente que pessoas que compram partidas ou empregam métodos ilegais para disputar suas partidas, devem ser banidas exemplarmente do mundo do xadrez.


XadrezTotal: Na Argentina, você tem um jornal, mas tem se dedicado bastante ao xadrez, prefere trabalhar só com xadrez, ou conciliar as diferentes atividades?
Rodi: Enquanto morei na Argentina o jornalismo foi minha principal atividade, sendo o xadrez, nestes tempos, uma ocupação bastante secundária. Hoje, ainda conservo o meu jornal [Utopias de Pinamar] um jornal diário de informação geral, transformado em semanário quando comecei a viajar ao Brasil, e daqui do Rio de Janeiro, eu colaboro com ele, que agora é administrado pela minha mãe, escrevendo o editorial, geralmente sobre política, tomando as decisões mais importantes, e diagramando uma vez por semana.

Só que agora, o xadrez passou a ser o meu trabalho prioritário. De qualquer jeito, o jornalismo é uma atividade importante na minha vida, e de certa forma, continuo atuando, através, não só, do meu próprio jornal, mas também, nos artigos enxadrísticos que elaboro.

XadrezTotal: Quem são seus jogadores preferidos, e com qual grande jogador, seu repertório se parece?
Rodi: Cresci na época em que os dois “K” (Karpov e Kasparov) ganhavam tudo, o que, de certa forma, condiciona. Tenho também uma especial simpatia pelos grandes mestres Ljubomir Ljubojevic (por ser, em sua época, o maior representante da terra dos meus avôs), Ulf Andersson (pela sua técnica, e sua amabilidade), o recentemente desaparecido Bent Larsen (por lutar sempre até o último peão) e Jan Timman (pelo seu estilo). O meu estilo é universal, e pode ser comprado, guardando as devidas proporções, ao de Boris Spassky.


XadrezTotal: A FADA [Federação Argentina] está suspensa pela FIDE, por falta de pagamento. Isto pode prejudicar seu pedido de título de MI? Você já fez parte da diretoria desta entidade, como analisa a atual gestão?
Rodi: Espero que as circunstâncias políticas não interfiram na parte esportiva. Acho que o xadrez argentino, é reflexo do que acontece na sociedade em geral: As dificuldades são maiores em tempos de crises econômicas, assim como as brigas políticas. Meu desejo é que o xadrez deste país volte a ser o que era, assim como o próprio país, que tem um grande potencial.




Com a camisa de seu clube de coração, Independiente de Avellaneda.

XadrezTotal: Você nasceu no Uruguai. Tem vontade de mudar sua bandeira na FIDE, para representar o seu país de origem?
Rodi: Jogar pelo meu país natal, é um velho sonho. Quando morava na Argentina, parecia lógico representar este país, porém, nesta nova fase da minha vida, considero que meu dever moral é representar a minha terra. Estou iniciando junto à FIDE, os tramites correspondentes, assim, espero logo estar jogando com a bandeira uruguaia.

Entrevista concedida ao AI Mauro Amaral e Guilherme Moraes.

7 Respostas »
AI Pablyto Robert em 28 de janeiro de 2011 as 10:58:
Excelente entrevista. Parabéns ao Rodi, pessoa fantástica a quem tive a honra de conhecer pessoalmente e de receber em torneios que organizei aqui no ES. Pena que no primeiro Magistral que ele participou aqui a norma ficou por meio ponto, teria sido fantástico participar da formação do título merecido de Mestre Internacional que conquistou.

Gileno Amaral em 31 de janeiro de 2011 as 20:47:
Entrevista interessante. Eu particularmente só conhecia o Rodi analista de finais e recentemente ele participou de um torneio aqui em Salvador sagrando-se vice-campeão do torneio à frente de alguns GM’s e MI’s.

Parabéns Rodi por sua conquista suada e devo dizer que você é um exemplo para os mais jovens pelo seu caráter como enxadrista e como pessoa.

Que venham outros títulos!

Rômulo Noronha em 1 de fevereiro de 2011 as 2:38:
Essa é uma notícia muito feliz para nós. Conheci o Rodi quando veio, gentilmente, jogar a nossa Modesta Copa dos Inconfidentes, em Ouro Preto. E foi uma grata surpresa. Conhecemos uma pessoa muito nobre e digna, um profissional da mais alta qualidade, um homem culto e com ideias avançadas, enfim, um Mestre que granjeou a nossa estima e admiração.

Parabéns, Mestre Rodi ! Continue lutando pelo que você acredita.

Abraço

Rômulo Noronha

Alvaro Frota em 1 de fevereiro de 2011 as 11:09:
Parabéns ao Xadrez Total pela entrevista que revela a personalidade do enxadrista Luis Rodi. Depois de ter conhecido o Xadrez de Rodi no tabuleiro de duas partidas bastante tensas (ao menos para mim), é muito interessante conhecer também as opiniões e filosofia de vida da figura humana, com as quais possuo muitos pontos de concordância.

Parabéns, Rodi, pela conquista da Norma Definitiva de Mestre Internacional e

Aquele abraço a todos!

nei jorge em 2 de fevereiro de 2011 as 11:32:
Meus parabéns ao MI Rodi.

Apesar de ter me vencido em um torneio da ALEX, onde decidiámos a 1º colocação, rsrsrsrsrsr
Ele mereçe e muito esta norma definitiva de MI, acompanho suas partidas e suas análises há alguns anos e agora lógico mais de perto.

Valeu Mestre.
Nei

William Pimentel em 2 de fevereiro de 2011 as 16:55:
Excelente entrevista que permite ao público brasileiro conhecer um pouco mais de um dos protagonistas do xadrez brasileiro atual. Conheci pessoalmente e admiro o Rodi por ser um amante da verdade, até mais extremado do que eu. Que continue assim, tem todo meu apoio. Felicidades!

Nestor em 6 de fevereiro de 2011 as 23:35:
Parabèns!! Muchos éxitos en esta nueva etapa!


Xadrez Total disponibiliza agora, um cadastro para que equipes possam encontrar jogadores, para jogos por equipes, tais como Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior de São Paulo [JAIs], Jogos Abertos de Santa Catarina [JASC], Jogos Abertos do Paraná, Interclubes e outros.


AI Mauro Amaral
XadrezTotal
XadrezTotal Reportagem da Chess Base sobre o Mundial da Juventude ! http://t.co/s0KheOpV
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XadrezTotal Voltando ao Twitter depois de 3 semanas exausitivas de JAIs e WYCC onde não conaegui nem lebrar que redes sociais existiam... #Xadrez
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XadrezTotal Curso de Arbitragem CBX em Santos-SP ! Folder completo em http://t.co/lWNOMiKV #Xadrez
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XadrezTotal Xadrez Total publica agora o artigo teórico "Manobras defensivas de bloqueio" do MI cubano Gerardo Lebredo. http://t.co/bqPGNmvt #Xadrez
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REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-o-mf-luis-rodi/
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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

ENTREVISTA 41: Lászlo Nagy (Hungria)

Vivian Heinrichs • 8 de fevereiro de 2011.
Entrevista em Inglês/Interview in English.

O húngaro Laszlo Nagy, criador do famoso circuito First Sathurday, de torneios de fechados de norma de GM, MI e IRTs, é considerado por muitos, como o maior organizador de torneios fechados do mundo! Leandro Roverso o entrevista para o portal Xadrez Total!

Nome: Lászlo Nagy
Título: Organizador Internacional FIDE

XadrezTotal: Diga-nos o porque do nome “First Saturday” e desde quando o torneio existe.
Lászlo: O nome é pelo fato do torneio começar em cada primeiro sábado do mês. O torneio existe desde 1992.

XadrezTotal: Conte-nos um pouco sobre sua carreira de organizador, e quando você decidiu começar a organizar torneios.
Lászlo: Bom , eu nasci em 1957 e até meus 34 anos, fui professor de química. Então houve o colapso do comunismo, e eu decidi mudar minha vida, foi quando fundei o torneio First Saturday.




Torneio First Saturday.

XadrezTotal: Cite alguns dos importantes nomes do xadrez mundial que fizeram norma no First Saturday.
Lászlo: Lékó, Péter – Hungria
Milov, Vadim – Suiça
Sutovskij Emil – Israel
Michalevski, Viktor – Israel
Beim, Valery – Austria
Prohaszka, Péter – Hungria
Caruana, Fabiano – Itália

XadrezTotal: Você acha que hoje em dia, o First Saturday é o torneio mais importante da Hungria? Há muita concorrência nesse meio?
Lászlo: Nós organizamos os torneios em toda a primeira metade do mês. Em Kecskemet, o MI Dr Erdelyi também faz torneios com norma de MI e fechados.
Além destes, também temos outros torneios muito importantes na Hungria, como o Festival da Primavera (18 a 26 de março), o aberto de Zalakoros (20 a 28 de maio) e no fim de novembro, o aberto de Harkány.

XadrezTotal: Você tem idéia de quantos brasileiros já jogaram o First Saturday até hoje?
Lászlo: Não tenho idéia de quantos exatamente, mas me lembro que o garoto Vescovi jogou aqui.

XadrezTotal: Conte- nos a curiosa história com Sofia Polgar no First Saturday!
Lászlo: Sim, Sofia Polgár também chegou a jogar em nosso torneio. Mas todas as condições foram elaboradas por seu pai. Após o torneio, fiquei chateado porque a garota jogou nas melhores condições possíveis e seu pai não cumpriu com a palavra, e acabei saindo no prejuízo. Isso ocorreu em abril de 1993.

XadrezTotal: E neste ano como está indo o First Saturday?
Lászlo: Está indo bem, no torneio deste mês temos 59 jogadores de 12 diferentes países e 5 continentes, até mesmo jogadores da Austrália!

XadrezTotal: Você já esteve no Brasil? O que acha dos brasileiros?
Lászlo: Nunca estive no Brasil. Na Europa já vi algumas fotos de brasileiros, que parecem estar sempre felizes e dançando!




XadrezTotal: Nós sabemos que até hoje, o First Saturday sempre foi realizado na Federação Húngara de Xadrez. Este ano continuará no mesmo lugar?
Lászlo: Este ano não consegui renovar o contrato com a federação, porque as condições que eles propuseram a mim só foram favoráveis a eles. Me pareceu que não estavam totalmente interessados no torneio. O problema em si não foi financeiro, mas tive a impressão que eles já não ligam mais para o xadrez. Agora fiz um contrato de um ano com o Hotel Medosz! O que será ótimo pra mim, e para o hotel.

XadrezTotal: Algum fato curioso que tenha acontecido no First Saturday?
Lászlo: Nada especial, as vezes alguns jogadores não cumprem com a palavra… mas não é característico do torneio.

XadrezTotal: Muito obrigado a Lászlo Nagy pela entrevista!
Lászlo: Muito obrigado pela entrevista e espero ver mais jogadores brasileiros jogando por aqui algum dia!

Entrevista concedida a Leandro Roverso
Um brasileiro no First Sathurday!

Entre os anos de 2008 e 2009, o jovem núsico e enxadrista brasileiro Leandro Roverso, de descendência húngara, foi morar em Budapeste, capital da Hungria, para fazer faculdade de música.
Ele já tinha morado lá anteriormente, entre os 16 e 18 anos de idade.




Roverso enfrenta o MF Gyula Letay, da Hungria!

Roverso conversou com o AI Mauro Amaral, e obteve o contato de Laszlo Nagy, e foi jogar um de seus torneios, obtendo assim, seu rating FIDE.

Infelizmente, o rating saiu baixo, mas imaginem, os torneios na Hungria são duros!

Mesmo assim, nosso entrevistador conseguiu sagrar-se vice-campeão do torneio!

Roverso nos comentou desta forma:

“O torneio é incrivelmente bem organizado! Começando impreterivelmente no horário, e achei fantástico porque te dá a oportunidade de jogar com jogadores do mundo inteiro, em ótimas condições!”

O GM Giovanni Vescovi disputou o First Sathurday em julho de 1993. Não fez a, na época, sonhada norma de MI, mas nos contou que foi uma experiência divertida.


Giovanni Vescovi, em 1993, em Budapeste.



BUDAPESTE: MAIO DE 1993.

No torneio sentados da esq para direita: Vescovi, Onischuk, Lukacs, Davies, Velicka. Em pé da esq para direita: Csom, Fogarasi, o organizador Nagy Laszlo, o arbitro, e Vadasz.

3 Respostas »
Jorge Fakhouri em 8 de fevereiro de 2011 as 12:28:
Boa Roverso!

Muito legal a entrevista!
Parabéns!

Abraços,

Jorge Fakhouri Filho

Luciana em 9 de fevereiro de 2011 as 14:29:
Parabéns pela a entrevista… muito boa mesmo!!!
Beijos,

Luciana Gois

ediliene em 10 de fevereiro de 2011 as 10:56:
bom dia! adorei a entrevista, abraços.

REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-laszlo-nagy-hungria/
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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

ENTREVISTA 40: MF (MESTRE DA FIDE) Victor Shumyatsk

Vivian Heinrichs • 9 de fevereiro de 2011•

Nome: Victor Shumyatsky
Título: Mestre FIDE
Rating: 2382

Xadrez Total: Você joga desde muito novo, quem te ensinou a jogar?

MF Victor Shumyatsky: Quem me ensinou as regras foi minha avó quando eu tinha cinco anos, mas desenvolvi o interesse pelo jogo já com seis, estudando com meu pai.

Xadrez Total: Sua evolução tem se mostrado rápida, e seus resultados nos últimos anos também. Quais são os seus métodos de estudos e a sua preparação para as competições?




Shumyatsky: Gosto de estudar mais por livros do que no computador, e possuo uma biblioteca de livros de xadrez um tanto quanto privilegiada, até porque falo russo, e por isso tenho alguns livros que sequer existem em outras línguas, e muito bons por sinal, por isso não posso ser considerado uma cria da era digital, como muitos jogadores da minha geração, que basicamente aprenderam com o computador. Não possuo um plano de estudo definido, a princípio estudo quando me der vontade. Quanto a preparação aos torneios, procuro me focar principalmente na preparação física, e reviso minha preparação de aberturas. Se for um torneio fechado com os jogadores definidos com antecedência, também procuro realizar uma preparação individual para cada jogador.

Xadrez Total: Em 2008 estabeleceu um recorde ao vencer o Campeonato de Brasília, tendo apenas 12 anos de idade. Fatos que repetiu em 2009 e 2010 com o escore de onze vitórias e dois empates. Comente esta questão.

Shumyatsky: Sinto-me feliz por possuir esse recorde, apesar de que em 2008 conquistei o título com alguma parcela de sorte, mas no final tudo deu certo e consegui vencer o match de desempate contra meu grande amigo Lucas Aguiar, que por sinal também seria recordista se me derrotasse no match, o que indica que sem dúvida está havendo uma renovação saudável para o xadrez brasileiro, com vários jovens já ocupando lugar de destaque no xadrez nacional, inclusive na minha cidade, Brasília também.

Xadrez Total: Na Semifinal do Campeonato Brasileiro, você terminou na 3ª colocação, à frente de vários jogadores já renomados no país. Comente as suas partidas do evento e a sua opinião com relação à participação na Semifinal.

Shumyatsky: Acabei não tendo do que reclamar do torneio que fiz na Semifinal, pois acabei me classificando para a Final, o que sem dúvida foi uma oportunidade muito interessante, mas a princípio senti que naquele torneio estava fora de forma, acabei empatando quatro partidas seguidas contra os MFs Rodrigo Terao, Frederico Matsuura, Alfeu Bueno, e Luiz Abdalla, fato inédito na minha carreira, e em algumas partidas estive superior mas não consegui transformar a vantagem em resultado. Quando na realidade nem possuía mais esperanças de me classificar para a Final, eis que ganho uma partida excelente contra Haroldo Cunha e consigo me classificar nos critérios de desempate, com dez pessoas brigando por três vagas, pois o GM Fier havia vencido indiscutivelmente. Fiquei realmente muito feliz com a classificação para a Final, e foi uma experiência realmente muito boa ter participado desse torneio tão forte posteriormente.


MF Shumyatsky:3º colocado na Semifinal.

Xadrez Total: Na sequência, na Final do Brasileiro de 2010, conseguiu derrotar o GM Rafael Leitão. conte-nos sobre esta importante vitória, bem como sua participação na Final

Shumyatsky: A minha vitória sobre o GM Rafael Leitão, foi sem dúvida uma das melhores da minha carreira, até pela força do adversário, e pela partida em si, e serviu para eu adquirir confiança, pois foi a primeira vitória sobre um GM na minha vida. Depois dessa vitória, fiquei com 3 em 5 e a norma de MI bem encaminhada porém na rodada seguinte perdi uma partida q acabou me abalando um pouco para o GM Vescovi, pois a princípio não joguei mal a partida, mas no final, numa posição aproximadamente igual, possuía duas continuações que provavelmente levariam a um empate, e eu vi as duas, mas como muitas vezes acontece nesse tipo de situação, vi uma miragem e joguei uma terceira continuação, que havia me parecido mais simples. Depois disso, perdi uma partida quase sem nenhuma resistência, pois era dia de rodada dupla, mas depois consegui me recuperar psicologicamente, porém perdi uma partida que por algum motivo joguei muito passivamente e perdi para o MF Jatobá, e acabei ficando a meio ponto da norma. Porém, foi uma experiência muito legal de qualquer maneira jogar contra seis GMs num torneio só, e com a experiência adquirida já poderei jogar um torneio desse nível com mais confiança.




Xadrez Total: Quais as competições que pretende participar e quais os seus objetivos ao longo de 2011.

Shumyatsky: Em 2011 pretendo jogar menos e me concentrar mais na escola, por isso pretendo viajar somente para 4 torneios: Brasileiro sub-16, Mundial sub-16, Semifinal do Brasileiro Absoluto e a Final, se conseguir me classificar para jogá-la. Porém pretendo me preparar forte para o Mundial de qualquer maneira e, quem sabe, conseguir uma medalha para o Brasil.

Xadrez Total: Algumas pessoas começam a te chamar de “Novo Fier”. Já ouviu este termo? O que pensa sobre o apelido?


Shumyatsky: Não, nunca ouvi ninguém me chamar assim, e a princípio prefiro ser eu mesmo, e desenvolver meu jogo até onde der, porém cabe ressaltar que pelo menos no momento, não pretendo ser profissional de xadrez, e quando chegar o momento de estudar sério darei uma parada com o xadrez, de quantos anos for necessário.

Gostaria de agradecer minha família que sempre me apoiou em tudo, a meu pai, que basicamente me ensinou a jogar e depois foi meu técnico até meados de 2008, viajando em quase todos os torneios comigo, e a minha mãe, que também viaja sempre que pode comigo. Gostaria de agradecer o Mauro pela oportunidade de dar essa entrevista ao portal Xadrez Total.


MF Shumyatsky no Pan de 2004, em Bogotá, na Colômbia.

Entrevista concedida ao AI Mauro Amaral e Guilherme Moraes para o portal Xadrez Total.


15 Respostas »
Fernando Oliveira em 10 de fevereiro de 2011 as 10:43:
Ótima entrevista! Victor Shumyatsky é um exemplo para a comunidade enxadrística brasileira.

Najan em 10 de fevereiro de 2011 as 16:26:
Ótima entrevista. Tive a oportunidade de ver o garoto em ação no Regional Centro Oeste 2008 já com grandes resultados terminando invicto. E parabéns ao site pelas informações dos nossos jogadores podendo assim nós capivaras estarmos mais “próximos”.

José Carlos Pereira em 12 de fevereiro de 2011 as 11:28:
Jah tive um aluno com esse talento que tem o Shumyatsky tem, que foi campeão brasileiro sub 10 no ano de 1999 em Batatais, mas morando em Jales, sem apoio nenhum, nem no mundial de xadrez escolar na cidade de Miami nos EUA , não pude levá-lo. Morando em Brasilia, com certeza suas chances são melhores de patrocinios.

Ruy J. guimarães em 12 de fevereiro de 2011 as 13:10:
Sem dúvida, desde Dualib, o “melhor”talento tupiniquim. Seria uma pena o afastamento precoce dos tablados, sem antes demonstrar todo o potencial que tem.

FIORI em 12 de fevereiro de 2011 as 18:41:
Victor, não pense em renunciar ao xadrez para estudar. É possivel fazer as duas coisas,
basta não querer jogar todos os torneios. Faça um plano anual de voo, exatamente como
o que você descreveu na entrevista e vá em frente. O período mais fecundo da mente humana
vai até os 26 anos, depois daí, começamos a perder neurônios, portanto, não nos prive de
podermos contar em breve, não apenas com mais um, mas talvez o mais brilhante dos
GMIs do Brasil porque não será produto da “decoreba” dos laboratórios de informática em que se transformaram os estudos enxadrísticos no Brasil e no mundo. O computador é um instrumento
maravilhoso de desenvolvimento do xadrez, porém, está sendo usado de forma abusiva e tem
se tornado uma verdadeira muleta para os jovens. Alguém que passe a vida toda usando uma
calculadora, será incapaz de desenvolver cálculos sem uma na mão quando necessário, assim
mesmo ocorre com o enxadrsta, seu jogo melhora, mas só para superar os outros “decoradores”
de linhas.

Tudo de bom

Fiori

Vagner Reis em 12 de fevereiro de 2011 as 19:39:
Show de bola! Ou melhor, Show de Xadrez!!!

Parabéns ao garoto Victor. Xadrez deveria ser melhor divulgado em nosso país. E garotos como o Victor deveriam aparecer na mídea para que houvesse mais divulgação e apoio ao Xadrez.

Nicolas Reis em 12 de fevereiro de 2011 as 19:59:
Ótima entrevista! Victor Shumyatsky é um exemplo para a comunidade enxadrística brasileira.

Francisco Valdemiro Braga em 13 de fevereiro de 2011 as 4:12:
O garoto é espetacular. Soube dele, através de um colega de mestrado(Enio Nascimento), o qual é orientando do Pavel (Pai do gênio). A partir daí, acompanhei algumas partidas suas, e pude reproduzir várias delas, e também torcer por ele. Espero que Victor possa conciliar Xadrez e estudos, pois seria uma perda considerável seu afastamento. Boa sorte garoto.

claudemir druzini em 13 de fevereiro de 2011 as 17:43:
Otima entrevista, e fico muito feliz em saber que a renovação do xadrez acontece em nosso país. Tenho um Clube de Xadrez na Cidade de Cornélio procopio Pr. Somos muito agradecidos a este Site de Xadrez que nos traz muitas informações. obrigado.
Victor continue quem sabe teremos o nosso campeão mundial.

loxmaty em 13 de fevereiro de 2011 as 21:45:
Boa garoto, pela entrevista !!!! Pena que o xadrez no nosso país seja tão desvalorizado, obrigando os enxadristas a ficarem entre o que pode ser um sonho, e o que é na verdade, uma realidade . Nas esperamos que você continue a mostrar seu potencial. Todos nós sabemos que não ira abandonar, pois para um enxadrista, jogar xadrez é um estilo de vida, que o acompanhará para o resto da vida independente de que rumo você tomar.
força garoto !!!!!

Henrique Vilela em 14 de fevereiro de 2011 as 2:50:
Parabéns ao Victor. Admiro ele e sua família, que tive o prazer de conhecer.

outplayer em 15 de fevereiro de 2011 as 3:58:
impressionante. 15 anos e já mestre fide. acabei de ver sua vitória sobre o Leitão. vai longe. força total.

werlles em 15 de fevereiro de 2011 as 16:57:
Parabéns garoto!!! admiro seu estilo de jogo. espero que não se afaste do xadrez, pois vejo você como um
Gm brilhante no futuro.

Tabuleiro de Xadrez em 24 de fevereiro de 2011 as 19:12:
Parabéns ao Victor pelos excelentes resultados que esta tendo no xadrez, esperamos que continue assim e logo, logo será mais um GM para o Brasil

Thais Maia em 7 de março de 2011 as 23:10:
Esse menino é um grande talento do xadrez Brasileiro, sem dúvida alguma ele vai muito mais além e quem sabe completar a lista de GM no Brasil ! :))

Parabéns Victor !!!
e parabéns pela entrevista e pelo site AI Mauro Amaral.

Beijos!

REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-o-mf-victor-shumyatsk/
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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

ENTREVISTA 39 - CM (CANDIDATO A MESTRE) ARMEN PROUDIAN.



Vivian Heinrichs • 3 de março de 2011.
Nome: Armen Proudian
Título: Candidato a Mestre
Rating: 2113

Xadrez Total: Conte a sua história no xadrez. Como começou? Quem te ensinou a jogar?
Armen Proudian: Minha mãe me ensinou as regras do xadrez quando tinha oito anos, mas não fiquei muito entusiasmado porque só perdia. Gostava mais de jogar videogame. Até que com treze anos descobri um site que oferece um ambiente para jogar on-line. Como o nível era bem amador, consegui ganhar algumas partidas. Nessa época meu pai começou a me acompanhar e me ensinou os conceitos básicos. Aos poucos descobrimos que eu “levava jeito” para xadrez.
Xadrez Total: Você joga há pouco tempo, mas a sua evolução está sendo rápida. Qual é o segredo?
Armen Proudian: Eu treino bastante no ICC (Internet Chess Club), gosto de encarar adversários bem mais fortes e gosto de bater meus recordes, isso me motiva. Certa vez um amigo me desafiou para chegar ao recorde dele em partidas de um minuto, comecei a jogar no ICC às 11:00h e insisti em melhorar meu rating até que às 03:00h da madrugada finalmente igualei meu recorde ao dele, que era uns 200 pontos acima do meu. Foi um esforço e tanto.

É claro que o ICC sozinho não resolve. Em 2008, já com quatorze anos, comecei a freqüentar as aulas semanais da minha escola que são ministradas pelo MI Jefferson Pelikian e comecei a participar em torneios escolares e outros torneios de xadrez rápido no SESC Interlagos e no Clube Paulistano. No fim daquele ano finalmente ganhei uma das etapas do “Grand Prix” do Paulistano e me senti pronto para competir nos torneios de categoria em 2009.

Xadrez Total: Estava pronto mesmo?
Armen Proudian: Meu xadrez era bem natural e ingênuo. Seguia os fundamentos: colocava minhas peças em casas boas, protegia o rei, procurava conquistar espaço e controlar o centro do tabuleiro. Insistia em atacar as peças do adversário até conseguir alguma vantagem. Procurava dar golpes de cavalo e tentava estragar a estrutura de peões do adversário. Trocava as damas logo para ter menos preocupação com o contra jogo. Não fazia planos, simplesmente procurava lances bons. Não fazia manobras para melhorar a posição, procurava trocar as peças bem posicionadas do adversário para atrapalhar seus planos. Quando ganhava um peão tentava trocar todas as peças, imaginando que desta forma ganharia no final.

Para competir em torneios oficiais eu precisava conhecer um pouco de teoria, então, no início de 2009 comecei a trabalhar com o forte enxadrista Vinicius Saito. Com ele aprendi a conduzir melhor o meio de jogo e estudei os finais básicos e algumas linhas de abertura. Ao mesmo tempo continuei a treinar no ICC e freqüentar as aulas de xadrez da escola.

Xadrez Total: Quais foram seus resultados em torneios de categoria?
Armen Proudian: Em março de 2009 participei no meu primeiro campeonato oficial: o Paulista sub-16 em Catanduva/SP e fiquei em 12º lugar entre 56 participantes, resultado que não me agradou. Após duas semanas, no Paulista sub-18 em Santos/SP joguei melhor e acabei ficando em 4º lugar entre 41 participantes.

Em junho fui jogar o Brasileiro sub-16 em Fraiburgo/SC. Comecei o torneio sem pretensões, mas fui avançando até que na última rodada me encontrei na primeira mesa contra Mateus Nakajo, que fez um torneio perfeito. Perdi aquela partida, mas fiquei em 3º entre os 85 participantes.

Foi a partir daí que comecei a também ter aulas com o MI Pelikian que construiu meu repertório de aberturas. Em setembro joguei três torneios abertos, enfrentando enxadristas bem mais experientes pela primeira vez em partidas pensadas. Meu FIDE saiu em novembro de 2009 com rating inicial de 1967, na média dos outros enxadristas da minha faixa etária.

Xadrez Total: Você foi campeão Sul-Americano em 2009. Como foi isso?
Armen Proudian: Em dezembro teve o campeonato Sul-Americano em Mendes/RJ. Participei na categoria sub-16 e meu objetivo era de conseguir uma classificação acima do meio da lista, já que havia adversários que tinham rating maior que 2100 e até tinha um peruano que já era MF.

Foi um torneio surpreendente. Comecei ganhando, mas empatei na segunda rodada e perdi na terceira contra o paraguaio Hernan Perez, que era um dos favoritos. Havia jogado três partidas boas, equilibradas e estava me sentindo bem, mas com esse resultado fiquei para trás. Na quarta rodada enfrentei o carioca Daniel Rangel e ganhei um final de torres, aplicando manobras que havia aprendido com Saito. Ganhei novamente na quinta rodada enquanto todas as mesas superiores do torneio empataram.



ARMEN: SUL AMERICANO.

Na penúltima rodada ganhei do boliviano Rodrigo Mendonza numa boa partida, sacrificando qualidade por ataque. Assim, entrei na última rodada com chances de me classificar desde a primeira até a décima posição, dependendo do conjunto dos resultados. Na partida contra o paraguaio Marcelo Villalba (hoje MI) estreei a linha de Nimzo-Índia que o MI Pelikian tinha me ensinado. No meio da partida ele ofereceu empate, mas como as outras partidas da rodada ainda estavam em andamento e me sentia confortável na posição, resolvi continuar. Jogamos mais alguns lances até que aproveitei de uma imprecisão e arrematei.

Tinha ganhado a minha quarta partida em seguida! Não só isso, a combinação de resultados que precisava aconteceu e de repente eu era o campeão!

Xadrez Total: Você jogou muitos torneios ao longo de 2010. Como você se prepara para cada torneio?
Armen Proudian: Realmente foi uma maratona, mas valeu a experiência. Quero destacar a minha participação nas Olimpíadas Pan-Armênias em Yerevan (Armênia) onde enfrentei vários mestres e me segurei bem. Nessa ocasião dividi o quarto com o GM Krikor Sevag Mekhitarian e vi como ele se prepara para cada adversário usando a base de partidas. Xadrez em nível profissional é outra coisa!

Meu preparo não tem nada especial. Como falei eu jogo no ICC diariamente então nunca fico destreinado. Além disso, antes de cada torneio eu faço uma revisão das partidas-modelo do meu repertório para relembrar as linhas que jogo com freqüência menor, o resto fica por conta da inspiração e do cálculo concreto na hora de jogar.

Xadrez Total: Como foi na Armênia? Gostou do país de seus ancestrais?
Armen Proudian: Gostei muito. O xadrez é um esporte popular na Armênia. Até motorista de táxi consegue discutir a posição Lucena com passageiros. O torneio foi organizado pela Academia de Xadrez da Armênia e juntou 40 enxadristas de origem armênia de todo o mundo, tendo no topo do ranking o campeão olímpico GM Tigran L. Petrosian. Eu joguei na equipe da América do Sul. O emparceiramento seguia o sistema suíço, mas se somavam os resultados dos jogadores de cada equipe. Apesar de ser o 35º na lista eu fiquei em 29º posição no torneio, conseguindo vários empates bem suados e até uma vitória.

O mais engraçado foi quando fomos jogar futebol. Lá eles jogam semanalmente e se dividem em uma equipe de GMs contra os “mortais”. Tem tantos GMs que dá para montar até dois times tranquilamente. Na primeira vez fui prestigiado e joguei no time dos GMs. Quem mandava no time era o bicampeão olímpico GM Gabriel Sargissian, e ele manda mesmo! Resumo da história: perdemos, e na segunda vez joguei no outro time. Fiz dois gols e dei assistência para o terceiro. Sempre soube que um dia ganharia de vários GMs ao mesmo tempo!



GM Krikor e CM Proudian no jogo de futebol na Armênia.

Xadrez Total: Como você costuma estudar xadrez? Lê livros ou usa engines?
Armen Proudian: Não tenho paciência para ler livros de xadrez. Prefiro aprender jogando ou com alguém me explicando. Também não uso engines. Acompanho torneios internacionais quando são transmitidos ao vivo no ICC. Às vezes meu pai mostra partidas interessantes de Grandes Mestres e eu tento adivinhar os lances. Costumo fazer análise pós-partida com meus adversários. Acabo aprendendo um pouco de tudo isso.

Xadrez Total: Quer comentar algum episódio interessante que tenha ocorrido nesses torneios?
Armen Proudian: No aberto do Botucatu estava enfrentando o MF Álvaro Aranha que logo após a abertura me ofereceu empate. Não entendi porque e desconfiei que ele tivesse visto um lance ou algum plano favorável a mim. Gastei uns 40 minutos procurando e não achei nada. Mesmo assim resolvi continuar jogando até que chegamos a um final no qual ele tinha uma ligeira vantagem, mas que conseguiria segurar com jogo preciso. Acabei errando por pressão de tempo e perdi a partida. Foi uma lição e tanto.

Eu outra ocasião fui “proibido” de participar em um torneio se não lesse um livro sobre técnicas de ataque, de 350 páginas! Acabei tendo que começar a ler e agüentei umas 35 páginas até que consegui negociar o fim de proibição. Foi um alívio! Joguei um torneio inspirado e ganhei 14 pontos de rating!

Xadrez Total: Você se vê como enxadrista profissional no futuro?
Armen Proudian: Que pergunta difícil! Gostaria muito. Jogar xadrez e viajar é bom demais, mas tenho minhas dúvidas. Vejo que para se ter estabilidade financeira é preciso investir em outra profissão. Provavelmente vou continuar no xadrez e em paralelo fazer uma faculdade mais tradicional.

Xadrez Total: Quais são seus planos para 2011?
Armen Proudian: Estou no terceiro ano na escola e no fim deste ano pretendo prestar vestibular. O xadrez terá que esperar um pouco. Apesar disso, continuarei jogando no ICC e pretendo participar pelo menos no Brasileiro sub-18 e nos jogos regionais.

Também pretendo jogar o mundial sub-18 que será realizado no Brasil, mas temo que aconteça na época do vestibular.

Xadrez Total: E para finalizar…
Armen Proudian: Agradeço o AI Mauro Amaral pela oportunidade desta entrevista e quero dar os parabéns pelo site Xadrez Total que está tendo um papel positivo no cenário do xadrez brasileiro. Agradeço o Vinicius Saito e o MI Jefferson Pelikian pelo que me ensinaram; os GMs Mekhitarian e Matsuura pelas boas dicas e conselhos; meus amigos e colegas de xadrez por terem me recebido nessa grande família; e finalmente um grande obrigado a meus pais e minha irmã pelo apoio em tudo.

Entrevista concedida ao AI Mauro Amaral e Guilherme Moraes para o portal Xadrez Total.

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6 Respostas:
Jorge Fakhouri Filho em 3 de março de 2011 as 19:03:
Boa Armên!!!

Parabéns pelo sucesso! Ótima a sua entrevista!
Agora eu fico me lembrando de quando eu jogava com você no Dante, dando vantagem de tempo e até mesmo de peça…….velhos tempo….VELHOS TEMPOS MESMO!

Mas é isso ae, como diz o Jaques Blit “Hasta el Fondo!”
Ainda mais sucesso na sua carreira enxadrística, você e seus pais são muito legais e sempre bom vê-los nos torneios por ai.

PS: Mas que fique bem claro que se a gente sentar pra jogar, se prepare…..aqui tem chess!!!!
Grande Abraço

Jorge Fakhouri Filho

Renato Quintiliano em 3 de março de 2011 as 20:19:
Execelente entrevista!
A melhora do Armen em tão pouco tempo de prática em torneios é realmente uma característica marcante. Além de tudo, a sua forma de pensar, ver e analisar as posições é única, com alguns ‘deslizes posicionais’ as vezes,mas de uma forma muito criativa e original,de modo que sempre produz partidas criativas e interessantes. E apesar dele jogar SEMPRE a mesma variante contra minha dragão, eu sempre preciso inventar alguma coisa nova na posição pra não cair a casa ahuauhuhuhuhauhauha… Brincadeiras a parte, com treino constante essa melhora só pode aumentar, porque em apenas dois ou três anos jogando torneios, ser campeão sulamericano é uma prova incontestável do seu potencial.

Boa sorte,e sucessso mlk ;D

Abraços

Renato Quintiliano

Marcos Vinicius Torsani em 4 de março de 2011 as 1:24:
Parabéns Armen! x)

É sempre bom ver os amigos evoluindo e se destacando tão rapidamente. Isso anima e motiva toda a galera da nossa geração.

Abraços

Bruno Morado Rodrigues em 4 de março de 2011 as 23:56:
Armen!

Impressionante sua evolução, ganhou com méritos o SulAmericano de 2009. Naquele ano até me surpreendi com esse feito mas pouco depois ele mostrava que não foi um achado, sua evolução foi realmente incrível!

Só o tenho a parabenizar!
Parabéns Armen!

Nos vemos por ai,
Sorte nos próximos torneios!

Abraço!

João Danilo em 6 de março de 2011 as 19:03:
Grande Armen! Excelente entrevista,os seus comentários sinceros sobre a forma como você se prepara faz a gente suspeitar que você é um gênio mesmo! hehe. Ah,e parece que o Bruno foi o último a comentar por enquanto né?Só podia ser um comentário de”Morado” !!! kkkkkkkkkkk

Krikor Sevag Mekhitarian em 11 de março de 2011 as 1:33:
Aí sim, sempre mantendo a bandeira do Brasil e da Armênia lá em cima.

Mas de verdade, parabéns pelos resultados nos últimos 2 anos.
E como já conversamos milhares de vezes, não existe segredo para o sucesso. É preciso disciplina, dedicação e persistência. E em quantidades alternadas, você tem essas três qualidades. Agora o plano é pensar sempre mais longe e criar desafios constantes.

Tá faltando só melhorar o 1-minute no ICC!

Abs,

KSM.

REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-o-cm-armen-proudian/

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PESQUISADO E POSTADO, PELO PPROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

ENTREVISTA 38 - O FAMOSO GM MIGUEL ILLESCAS.



Vivian Heinrichs • 13 de março de 2011 • Categoria: Entrevista
Nome: Miguel Illescas
Título: Grande Mestre
Rating FIDE: 2601



XadrezTotal: Quando e como você começou a jogar xadrez?

Illescas: Aprendi a jogar com os meus pais aos oito anos, um pouco tarde para chegar a ser campeão mundial.

XadrezTotal: Quais são suas partidas favoritas?

Illescas: Aprendi com as partidas de Capablanca. Depois, me foi muito útil estudar Botvinnik. Mais tarde descobri o resto dos campeões mundiais. Das minhas próprias partidas, tenho algumas poucas bem bonitas, por exemplo, as que ganhei dos GMs Gelfand e Morozevich em Madrid.

XadrezTotal: No xadrez, do que você gosta mais: Jogar, dar aulas, organizar torneios ou administrar a EDAMI?

Illescas: Gosto de todas as minhas atividades, e isto é uma felicidade. No fundo, continuo gostando de jogar, mas já não disponho de tanto tempo para me preparar como deveria, nem de motivação para lutar tanto diante do tabuleiro, como fazia antes.

XadrezTotal: Um assunto que gera muita curiosidade até hoje: Como foi a transição do Ajedrez21 para o ICC?

Illescas: No começo foi algo forçado pelas circunstancias, mas logo se transformou em uma aliança sólida, reforçada pela amizade com a excelente equipe humana do ICC.

XadrezTotal: Quando foi criada a EDAMI, e qual é a estrutura da Escola?

Illescas: Criamos a EDAMI em 1999, os sócios fundadores fomos Carlos Penín e eu. Carlos foi o criador do portal Ajedrez21 e pioneiro nas retransmições de xadrez via internet. Logo depois, se uniram os que formam a equipe atual: O GM Amador Rodríguez é o responsável pela informática e diretor da revista “Peón de Rey”. O MI Ángel Martín é a alma da revista, monta e é quem melhor escreve, autor de muitos livros e artigos. O MI Michael Rahal é nosso homem de ação: Nosso melhor professor e chefe de um numeroso grupo que trabalha nos colégios de Barcelona. Sergio Ballesteros e minha irmã Anna coordenam a loja, a administração e o atendimento ao cliente, fazem um trabalho formidável, ainda mais, levando-se em conta que são apenas duas pessoas. Carlos, meu sócio, é como eu, ou seja, faz um pouco de tudo, mas sua principal função é cuidar da área online, coordena tudo sobre o ICC e o “Jaquemate” e prepara projetos de todos os tipos. Formamos uma equipe pequena, mas muito lutadora e competente.

XadrezTotal: Quem foram seus principais alunos no xadrez?

Illescas: Não cheguei a dar muitas aulas. Dei muita atenção ao [hoje GM] Paco Vallejo quando ele era apenas uma criança. Nos últimos tempos, trabalhei com os jovens talentos da Espanha, entre eles, os GMs Salgado y Alsina, mas eu teria gostado de ter dedicado mais tempo a eles.

XadrezTotal: Você já esteve no Brasil? Planeja vir ao Mundial da Juventude em novembro?

Illescas: Ir ao Brasil é algo que ainda não fiz, mas com certeza irei, em algum momento, mas prefiro ter a oportunidade de ir para tirar férias.

O que você pensa e planeja, agora que venceu o Campeonato Espanhol Absoluto pela oitava vez, alcançando este record histórico?

Illescas: Bater este record foi uma grande surpresa,e como toda surpresa, foi muito agradável, mas não me deixo enganar por um resultado isolado: Minha carreira como jogador não vai mais progredir, mas tenho novos desafios, sempre com um tabuleiro de xadrez no horizonte.


Nombre: Miguel Illescas
Título: Gran Maestro
ELO: 2601



XadrezTotal: Cuando y como empiezaste con el ajedrez?

Illescas: Aprendí a jugar con mis padres a la edad de ocho años, un poco tarde para llegar a ser campeón mundial.

XadrezTotal: Cuales son tus partidas favoritas?

Illescas: Aprendí con las partidas de Capablanca. Luego me resultó muy útil estudiar a Botvinnik. Y más tarde descubrí al resto de campeones. De mis proprias partidas hay unas pocas bastante bonitas, por ejemplo las que gané a Gelfand y Morozevich en Madrid.

XadrezTotal: Dentro del ambito del ajedrez, que te gusta mas: Jugar, dar clases, organizar torneos o administrar la EDAMI?

Illescas: Tengo la gran suerte de que disfruto con todas las facetas de mi actividad. En el fondo me sigue gustando jugar pero ya no dispongo de tiempo para prepararme adecuadamente, ni de motivación para luchar en el tablero como lo hacía antes.

XadrezTotal: Un tema que genera mucha curiosidad: Como fue la transicion del Ajedrez21 para el ICC?

Illescas: Al principio fue un paso forzado por las circunstancias pero enseguida se convirtió en una alianza sólida, reforzada por la amistad con el excelente equipo humano de ICC.

XadrezTotal: Cuando fue creada la EDAMI, y cual es la estructura de la Escuela?

Illescas: Creamos EDAMI en 1.999, los socios fundadores somos Carlos Penín y yo mismo. Carlos fue el creador del portal Ajedrez21 y artífice de las primeras retransmisiones de ajedrez por internet. Luego se incorporaron los que configuran el equipo actual. El GM Amador Rodríguez se encarga de la parte informática y dirige la revista Peón de Rey. El MI Ángel Martín es el alma de la revista, maqueta, y es quien mejor escribe, autor de numerosos libros y artículos. El MI Michael Rahal es nuestro hombre de acción: nuestro mejor profesor y a la vez jefe de un grupo amplio de monitores que trabajan en los colegios de Barcelona. Sergio Ballesteros y mi hermana Anna llevan la tienda, la administración y la atención al cliente, hacen un trabajo formidable siendo solo dos personas. Carlos, mi socio, hace como yo, un poco de todo, aunque fundamentalmente se encarga de la parte on-line, coordina todos los temas de ICC y Jaquemate y prepara proyectos de todo tipo. Formamos un equipo pequeño pero muy bien avenido.

XadrezTotal: Quienes fueron tus principales alumnos en el ajedrez?

Illescas: Hasta el momento he dado muy pocas clases. Dediqué bastante atención a Vallejo cuando éste era solo un niño. En los últimos tiempos he trabajado con la mayoría de jóvenes valores españoles, entre ellos Salgado y Alsina, aunque me hubiera gustado poderles dedicar más tiempo.

XadrezTotal: Ya estuviste en Brasil? Piensas venir al Mundial de la Juventud, en noviembre?

Illescas: Es una asignatura pendiente. Seguro que acabaré visitando Brasil, aunque mejor si voy de vacaciones.

Qué sensaciones tienes como jugador ahora que has ganado el Campeonato de España Individual por octava vez, alcanzando el mayor número de la historia?

Illescas: Ganar ese título récord fue una gran sorpresa. Como todo aquello que es inesperado resultó muy agradable. Pero no me dejo engañar por un resultado aislado: mi carrera como jugador está cerrada, pero tengo ante mí nuevos retos, pero siempre con un tablero de ajedrez en el horizonte.

Uma resposta »
Adriano Oliveira em 13 de março de 2011 as 23:22:
Muito boa a entrevista. A Espanha tem progredido muito tanto no tratamento de seus futuros jogadores quanto na organização de torneios locais e internacionais. O negócio é esse e torçamos para que o Brasil chegue lá deste modo ou por outras louváveis alternativas.

REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-o-famoso-gm-miguel-illescas/

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PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

ENTREVISTA 37: PROFESSOR CHARLES MOURA NETTO.

O portal Xadrez Total entrevista o professor Charles Moura Netto, que fala sobre xadrez pedagógico.

Muitos de nossos leitores já leram a matéria que foi publicada por Xadrez Total sobre o professor Charles Moura Netto. Alguns deles, além de elogiarem o artigo, enviaram perguntas mais específicas sobre xadrez pedagógico.

Como quem dita o ritmo do portal são os leitores, preparamos uma curta – porém específica – entrevista com o especialista em questão.


Portal Xadrez Total: O que é xadrez pedagógico?
Professor Charles Moura Netto: O xadrez pedagógico é uma manifestação da prática do jogo de xadrez que possibilita otimizar as habilidades cognitivas do processo ensino aprendizagem em educação formal e não formal. O xadrez pedagógico geralmente se desenvolve através de projetos educacionais que além da prática do xadrez, possam intermediar o diálogo entre saberes (matemática, física, português, inglês, história, geografia, artes, química, educação física, etc) da educação. O xadrez pedagógico pode ser introduzido nas disciplinas de todos níveis de educação (ed. Infantil, ed fundamental, ensino médio e superior) através de “tema transversal” em consonância com os conteúdos programáticos previstos nas disciplinas. O xadrez pedagógico possibilita também aos indivíduos que o praticam a discussão de valores morais, sociais, cognitivos e posturas individuais e coletivas. Em suma, o xadrez é utilizado como ferramenta de desenvolvimento de habilidades amplamente conhecidas como atenção, concentração, tomada de decisão, disciplina, determinação, cálculo abstrato e concreto, planejamento e outros e que se alinhem com o ensino dos conteúdos das disciplinas escolares e de condutas morais.

XT: Qual a diferença entre o xadrez pedagógico e o xadrez escolar?
Professor Charles: O xadrez em ambiente escolar (educação formal) e´uma das manifestações do xadrez pedagógico, porém o xadrez pedagógico pode ser desenvolvido em ambientes de educação não formal (exemplo, projetos sociais) para desenvolvimento de habilidades cognitivas. O próprio xadrez escolar pode ter dois propósitos distintos e que se complementam como esporte e rendimento e como ferramenta para estimulo de competências intelectuais, morais, sociais e coletivas. Mas é válido registrar que o xadrez escolar e pedagógico “andam” juntos na construção de indivíduos “empoderados” de habilidades.

XT: Existem competições de xadrez pedagógico?
Professor Charles: As competições de xadrez que valem rating, ou formatos que são homologados pela CBX e FIDE são restritas a prática esportiva e o xadrez pedagógico não têm como objetivo a performance esportiva, sendo assim não temos competições oficiais de xadrez pedagógico. O xadrez pedagógico não busca o reconhecimento de colocações (1° lugar, 2° lugar e 3 ° lugar) e sim a massificação e inclusão do maior número possível de praticantes e as benesses dessa prática.


XT: O xadrez pedagógico não sendo uma prática esportiva, como é legitimado?
Professor Charles: De direito, o xadrez pedagógico pode ser desenvolvido nas escolas ou como política pública das secretarias municipais ou estaduais de educação como tema transversal a partir Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que relata em seus artigos 26 e 32 que a educação fundamental e média poderá ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela e que deverá estimular as atividades que possam estimular o cálculo, a leitura, à escrita, a resolução de problemas, entre outros. No meio acadêmico, o lúdico no campo educacional é amplamente debatido e a importância do jogo para o desenvolvimento humano tem sido objeto de estudo das mais diferentes abordagens e convergem como metodologia significativa de ensino.

XT: Em quais países o xadrez pedagógico é desenvolvido?
Professor Charles: A prática do xadrez pedagógica é antiga no mundo e países como Alemanha, França, Itália, Suiça, Estados Unidos, Rússia, Espanha, Canadá, Holanda, Hungria Cuba, Argentina, Venezuela, Colômbia, Turquia e o próprio Brasil entre outros já desenvolvem tanto o xadrez esportivo escolar quanto o projeto de xadrez pedagógico ( com algumas variações regionais e culturais).

XT: Você foi indicado com um dos membros da CICS, Comissão Mundial de Xadrez nas escolas, como a FIDE vê a inclusão do Xadrez nas escolas?
Professor Charles: A reformulação da CICS, Chess in School Commission, em 2010 tendo o turco Ali Nihat Yazici como Chairman, está sendo fundamental para arquitetar um plano audacioso de massificação do xadrez escolar e principalmente de reabrir em âmbito mundial a discussão da importância da inclusão da prática do xadrez nas escolas deste as mais tenras idades.

Por AI Mauro Amaral e AR Vivian Heinrichs.

REFERÊNCIA:
http://www.xadreztotal.com.br/entrevista-com-o-professor-charles-moura-netto/

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).