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PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

sábado, 21 de julho de 2012

ENTREVISTA 45 - Entrevista com Álvaro Aranha - por Gérson Batista,

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.clubedexadrezonline.com.br/artigo.asp?doc=11139

terça-feira, 24 de abril de 2012 | 13:43"Basicamente o que me fez virar um enxadrista foi a paixão pelo jogo...''

 O Clube de Xadrez Online (CXOL) entrevistou esta semana o MF Álvaro Zimmermann Aranha Filho, de São Paulo.

"Alvinho", como é carinhosamente chamado, é um dos mais famosos treinadores do Brasil. Sua didática e profundo conhecimento do xadrez levou a Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) a convocá-lo para ser o técnico da seleção brasileira feminina na Olimpíada de 2010 (Rússia) e também na de 2012 (Turquia), que acontecerá no segundo semestre.

Assim como seus ídolos no xadrez, seu estilo é posicional, mostrando técnica apurada. Também é colecionador de livros da modalidade, com uma invejável biblioteca.

Álvaro tem jogado muitos torneios recentemente e confessou que está trabalhando para ser mestre internacional. Mas sem pressa, tudo a seu tempo!

Agradecemos imensamente ao professor Álvaro por responder propontamente as perguntas propostas pelo CXOL.

Com vocês então, o MF Álvaro Aranha!

Perfil
Álvaro Zimmermann Aranha
Álvaro Zimmermann Aranha Filho

Pais: Álvaro Zimmermann Aranha e Pérola Regina Warick Rodrigues

Irmãos: Flávia Zimmermann Aranha e Marcel Zimmermann Aranha

Cidade onde nasceu/reside: São Paulo 

Data de nascimento: 15/2/1979

Formação: jornalismo na PUC-SP (curso incompleto)

Profissão: professor de xadrez

Rating Fide (1º de março de 2012): 2278 pontos
Título: Mestre Fide (MF)

Entrevista

O que o motivou a ser enxadrista?

Basicamente o que me fez virar um enxadrista foi a paixão pelo jogo. Eu aprendi a jogar xadrez aos 11 anos com o meu pai e desde então não imagino minha vida sem o jogo.

Teve alguma pessoa que o incentivou em seus primeiros passos?

Destacaria meu pai que me ensinou as regras e minha mãe que comprou o meu primeiro tabuleiro. Além deles logo que eu comecei, ganhei o livro Xadrez Básico de um aluno do meu pai chamado Lin e ele foi o meu primeiro grande obstáculo, quando comecei a ganhar dele procurei o CXSP e vi que o céu ara mais alto do que eu pensava. Depois que entrei no clube tive aulas em grupo com o MI Hélder Câmara e com o Prof. João Braga, que além de me ensinar xadrez colocava a sua excelente biblioteca a minha disposição. Foi a época que mais estudei xadrez, dos 12 aos 18 anos.

Você tem treinador atualmente, alguém que o prepara para as competições?

Não tenho treinador. Tenho alguns companheiros de análise exporadicamente que como não sei se eles gostariam que eu expusesse essa colaboração mútua vou deixar o suspense.

Sua companheira, a WCM Vanessa Gazola, tem a voz mais conhecida do xadrez nacional. Como surgiu a possibilidade de ela ser a voz dos comandos do Dasher (plataforma do ICC), em português?

A oportunidade se deu através do convite do AI Mauro Amaral que é representante do ICC no Brasil e precisava de uma menina para falar os comandos em português. Aproveitando para falar um pouco da Vanessa, ela é um caso raro, pois começou a jogar xadrez aos 17 anos e teve um rápido progresso. Ela estudou muito forte durante 2004 até 2008 e agora 13 anos após ter começado já está indo para sua 3ª Olimpíada. Na Rússia em 2010 ela fez uma performance espetacular na Olimpíada. Tenho certeza que se ela se dedicar como antes pode chegar mais perto da Feliciano e da Terao, que são nossas melhores jogadoras no momento.

E o xadrez no Colégio Bandeirantes, o que tem a nos dizer sobre esse importante espaço que a modalidade tem na capital?

O Bandeirantes é minha segunda casa. Estou lá desde os 12 anos e não me imagino trabalhando em outra escola. Me sinto como aquele jogador que joga no seu time de coração e apesar de ter recebido muitos convites pretendo ficar lá enquanto eles me quiserem. Estou desenvolvendo um projeto com o Prof. Anderson de matemática que usa o xadrez para ajudar alunos a melhorar o seu desempenho acadêmico e esse projeto atualmente é minha menina dos olhos, pois acredito muito nos benefícios do xadrez no desenvolvimento intelectual das crianças.

Você dá aulas em uma faculdade em São Paulo, certo? Como é o trabalho lá?

Eu estou desde 2006 na GV e também me identifiquei muito com a Instituição e o xadrez lá é muito valorizado. Conseguimos ganhar por duas vezes a Economíadas que é a grande competição que a GV participa e também estou muito satisfeito com o trabalho que temos feito lá. Aproveito para agradecer o grande apoio que recebo do nosso presidente, o Gigio, que vem melhorando muito a estrutura para o xadrez na GV.

Há quanto tempo dá aulas pelas internet? Você pode destacar alguns enxadristas que trabalha por esse meio de interação professor/aluno?

Eu comecei a trabalhar pela internet em 2007. Os alunos que trabalho via internet são: Vanessa Feliciano, Thiago Dobuchak, Larissa Alves e Thiago Alves, além dos irmãos André Yoshioka e Hugo Yoshioka que eu dou aula ao vivo e pela internet. Eu acho que é um facilitador principalmente para pessoas que moram em centros menos desenvolvidos e não têm oportunidade de conseguir um treinador adequado. Outro benefício é ter aula sem sair de casa e não ter que enfrentar o trânsito e etc... 

Quais as diferenças essenciais entre treinar presencialmente e pela internet? Você tem preferência por algum desses modos ou julga que ambos cumprem o mesmo objetivo?

Obviamente você poder estar vendo as reações do aluno ao vivo tem suas vantagens, mas eu acho que as duas opções cumprem bem o objetivo. Na verdade, a vontade do aluno é o essencial para o sucesso do trabalho do professor.

Temos visto você constantemente disputando torneios. Está trabalhando para chegar a mestre internacional?

Esse é um objetivo pessoal, mas como meu foco é totalmente voltado para os alunos, não coloco muita pressão já que não posso me dedicar como deveria. Mesmo tendo pouco tempo para estudar, acho que minha compreensão do jogo está melhor que nunca e o ano de 2011 foi bem positivo no que diz respeito ao resultado. Fiquei invicto de brancas em 38 partidas no ritmo clássico e tive  apenas 4 derrotas em 72 que joguei no total. Em 6 partidas contra GMs, empatei 5 e perdi 1. Falta na verdade, ser mais “matador” com jogadores entre 2150 e 2300 pois o índice de empate foi muito alto. Cheguei em agosto a 2317. Estou trabalhando, dentro do possível, para melhorar meu jogo, mas sem pressa.

Você tomou parte esse ano do tradicional Aberto de Gibraltar. Como foi a experiência de jogar no exterior?

Foi a maior experiência enxadrística da minha vida. Usei minhas férias de dezembro para estudar e acho que joguei bem, tirando os peões pendurados contra os GMs Cabrera (ESP) e Brunello (ITA). Jogar ao lado dos melhores do mundo é muito motivador e eu recomendo a todos que tiverem a oportunidade, de jogar em Gibraltar, que o façam, pois será uma experiência inesquecível.

Que títulos já conquistou na carreira?

Na base, fui tetracampeão paulista de categoria, vice-campeão brasileiro juvenil e vice-campeão mundial juvenil por equipes. Já adulto ganhei o torneio da Categoria Especial do CXSP, ganhei várias etapas do paulista de 21 da FPX, fiquei 3º no magistral de Assuncion 2010, ganhei o Aberto de Curitiba ano passado, além de vários títulos dos jogos regionais representando Marília e desde 2005 Ribeirão Preto. Em 2009 ganhei o JASC representando a cidade de Rio do Sul e fui finalista do campeonato Brasileiro no ano 2000. Um título especial foi vencer o Memorial Amadeu Franco em 2005 que além de muito forte, foi uma homenagem ao pai do meu bom amigo Moisés Arruda e foi a única vez na vida que prometi ganhar um torneio, o que era bem improvável já que em um torneio fechado de 10 eu era o número 7...
Que partida (ou partidas) que você jogou que qualificaria como prêmio de beleza?

Não conseguiria citar uma única partida. Eu acho que minhas vitórias sobre o Diogo Lima e sobre o Herbert Carvalho foram bem bonitas. Dentro do meu estilo posicional gosto bastante da minha vitória sobre o Yago Sntiago em 2011 e sobre o Adriano Caldeira em 2002. Outra partida memorável foi a minha primeira vitória sobre um GM que foi contra o cubano Neuris Delgado em 2004. Eu deixo para o leitor do Clube de Xadrez Online decidirqual foi a melhor (risos).

Álvaro Aranha (2302) x Yago de Moura Santiago (2238)

1. d4 d5 2. Nf3 Nf6 3. c4 e6 4. Nc3 c6 5. cxd5 exd5 6. Bg5 Be7 7. Qc2 O-O 8. e3 Nbd7 9. Bd3 Re8 10. O-O Nf8 11. Rab1 g6 12. b4 Ne6 13. Bh4 Ng7 14. b5 Bf5 15.Bxf5 Nxf5 16. Bxf6 Bxf6 17. bxc6 bxc6 18. Na4 Rc8 19. Nc5 Re7 20. Qa4 Nd6 21.Qa6 Qc7 22. Rb3 Bg7 23. Rfb1 f5 24. g3 Rce8 25. Nd3 Qc8 26. Qxc8 Rxc8 27. Rb8 Ree8 28. Rxc8 Rxc8 29. Nd2 Kf7 30. Rb3 Rc7 31. Nc5 Ke7 32. Kf1 g5 33. Ke2 f4 34. g4 fxe3 35. Rxe3+ Kf7 36. Ne6 Rc8 37. Nxg5+ Kg8 38. Ne6 Nb5 39. Nxg7 Kxg7 40. Nb3 Rc7 41. f4 h5 42. h3 hxg4 43. hxg4 a5 44. a4 Nd6 45. Nc5 Rf7 46. f5 Nc8
47. Re8 1-0

Álvaro Aranha (2251) x Hebert Carvalho (2228)

1. d4 Nf6 2. Nf3 g6 3. Bg5 Bg7 4. Nbd2 d5 5. e3 O-O 6. Be2 b6 7. O-O Ba6 8.Bxa6 Nxa6 9. Ne5 c5 10. c3 Nc7 11. f4 e6 12. b4 cxb4 13. cxb4 Qd6 14. Rc1 Rfc8 15. Qa4 a5 16. bxa5 Rxa5 17. Qc6 Qa3 18. Bxf6 Qxe3+ 19. Rf2 Bxf6 20. Qd7 Rf8 21. Ng4 Qxd4 22. Nb3 1-0

Álvaro Aranha (2275) x Adriano Caldeira (2355)

1. d4 Nf6 2. Nf3 e6 3. c4 d5 4. Nc3 Nbd7 5. Bg5 Be7 6. e3 O-O 7. Rc1 c6 8. Bd3 dxc4 9. Bxc4 Nd5 10. Bxe7 Qxe7 11. O-O Nxc3 12. Rxc3 e5 13. dxe5 Nxe5 14. Nxe5 Qxe5 15. f4 Qe4 16. Re1 Bf5 17. Bd3 Qe6 18. e4 Rfe8 19. Rc1 Qf6 20. Qc2 Bd7 21.Qf2 Rad8 22. e5 Qe7 23. f5 Qg5 24. h4 Qh6 25. Rcd1 c5 26. Bc4 b5 27. Bxf7+ Kxf7 28. e6+ Kg8 29. Rxd7 Qf6 30. Rxd8 Qxd8 31. Qxc5 Qxh4 32. Qe5 a6 33. e7 Qf6 34.Qd5+ Qf7 35. Qd7 h6 36. g4 Kh7 37. Re6 h5 38. g5 1-0

Álvaro Aranha (2287) x Neuris Delgado (2557)

1. d4 Nf6 2. Nf3 c5 3. c3 b6 4. Bg5 Bb7 5. Nbd2 h6 6. Bh4 e6 7. e3 Be7 8. Bd3 Nc6 9. a3 O-O 10. O-O d6 11. Qe2 Re8 12. Rfd1 Nh5 13. Bxe7 Qxe7 14. Ba6 Rad8 15. Bxb7 Qxb7 16. b4 Nf6 17. dxc5 bxc5 18. Qc4 d5 19. Qb3 c4 20. Qc2 Ng4 21.Rab1 f5 22. h3 Nf6 23. b5 Nb8 24. Ne5 Qc7 25. Ndf3 Nfd7 26. Nxd7 Nxd7 27. Nd4 Nc5 28. Nc6 Rd7 29. f4 g5 30. g3 Rg7 31. Kh2 Ne4 32. Rg1 Kh7 33. a4 Reg8 34. a5 gxf4 35. gxf4 Rg3 36. Rxg3 Rxg3 37. Rg1 Rxe3 38. Ne5 Qxa5 39. Rg6 Qc7 40. Qg2 Ng5 41. Rxh6+ 1-0

Álvaro Aranha (2260) - Diogo Nakasawa de Lima

1. d4 d5 2. c4 c6 3. Nf3 Nf6 4. e3 e6 5. Nbd2 Nbd7 6. Bd3 Bd6 7. O-O O-O 8. e4 dxe4 9. Nxe4 Nxe4 10. Bxe4 h6 11. Bc2 e5 12. Qd3 f5 13. c5 Bc7 14. Qb3+ Kh8 15.dxe5 Nxe5 16. Bf4 Nxf3+ 17. Qxf3 Bxf4 18. Qxf4 Qf6 19. Rad1 Qxb2 20. Bb3 Qf6 21. h4 Qe7 22. Rfe1 Qxc5 23. Rd6 Kh7 24. Qxh6+ 1-0


E os ídolos. Você os tem no xadrez?

Botvinnik foi o jogador com o qual eu mais aprendi. Karpov e Kramnik seguindo os passos do patriarca e asfixiando o adversário sem dar contrajogo são os outros dois que mais gosto. Dos não campeões, Rubinstein, Portisch e Dreev são os favoritos. Dos brasileiros gosto do estilo clássico do Milos e do Felipe El Debs e admiro a beleza do jogo do Fier.

É sabido que você possui uma preciosa coleção de livros de xadrez. Quantos livros há em sua biblioteca especializada?

Eu devo ter em torno de 1500 livros, mas eu dou mais valor a qualidade dos livros do que a quantidade. Não sou muito fã de raridades, gosto de livros cujos conteúdos sejam bons. Tenho todos os livros já publicados pelos campeões mundiais. O forte da minha coleção são biografias dos grandes jogadores com partidas comentadas por eles mesmos e livros de torneios.

Quais livros você indicaria aos nossos leitores, destinados a treinamento?

Dos livros clássicos, Zurich 1953, a trilogia de partidas do Botvinnik e a coletânea de partidas do Smyslov. Dos livros lançados recentemente, o Strategy for Club Players do Grooten é o melhor livro para ensinar estratégia que eu já vi. Revolutionarize Your Chess do Moskalenko e os dois volumes do Tybor Karolyi, Karpov Strategic Wins, é o melhor livro escrito sobre as partidas do Karpov e é minha leitura de momento.

O que faz o MF Álvaro Aranha quando não está envolvido com as atividades de xadrez? Pode nos contar os seus hobbies?

Eu gosto bastante de ir ao cinema, acompanho tudo sobre futebol e não dispenso um bom restaurante japonês.

Conte-nos sobre como foi treinar e acompanhar a equipe feminina do Brasil na 39ª Olimpíada, em 2010, na Rússia.
Foi uma experiência inesquecível e só tenho coisas boas para falar do comportamento das meninas. A oportunidade me foi dada, pois já em 2008 duas das quatro titulares eram minhas alunas e em 2010 o Pablyto me deu essa chance. Infelizmente como nosso rating médio era muito baixo, pegamos oito equipes mais fortes que a gente. Um detalhe que mostra como as meninas jogaram bem, é que perdemos uma partida em todo o torneio onde a nossa jogadora era favorita pelo rating. Como nossa equipe estava desfalcada da Feliciano, tive que submeter a Terao a uma maratona e ela jogou as 11 partidas, pontuando de maneira bem satisfatória no 1º tabuleiro. Outra coisa sensacional é que pude falar com Kramnik e Gelfand que são dois ídolos que tenho no xadrez.

E as expectativas com relação à equipe feminina para a 40ª Olimpíada, de 27 de agosto a 10 de setembro de 2012, na Turquia?

Dessa vez estamos indo com a equipe mais forte que temos no momento. Em 2010 apenas a Terao tinha mais de 2000, dessa vez todas as jogadoras tem mais que isso e Feliciano e Terao estão em seus respectivos auges. Obviamente isso não é garantia de um bom resultado, mas mostra a evolução do xadrez feminino brasileiro, que é resultado de um trabalho sistemático de apoio as meninas por parte do Pablyto e acho que temos uma base para pelo menos 10 anos já que a média de idade da equipe é baixíssima. Durante o Fenaj haverá uma reunião com a equipe, onde exporei minhas ideias e ouvirei sugestões das meninas para ajudá-las da melhor forma. Outra coisa digna de citar é que esse ano graças ao esforço do novo presidente da FPX, Ramon Carrasco, as condições do Brasileiro em termos de premiação e organização foi a melhor de  todos os brasileiros que presenciei.  

Quais projetos ainda deseja cumprir no xadrez?

A curto  prazo, devo inaugurar um blog para divulgar o meu trabalho e propor discussões de temas técnicos relevantes. Além disso, ainda tenho muitos sonhos, mas o mais imediato é ajudar a fazer um aluno campeão panamericano. Já bati na trave com o Leandro Jukemura, Vanessa Feliciano e ano passado com a Katherine Vescovi, quem sabe esse ano não acontece? Outro sonho que tenho é que as meninas possam fazer qualitativamente o melhor resultado da história do xadrez brasileiro em Olimpíadas, coroando os esforços que a CBX tem feito para apoiar o xadrez feminino e desta forma estarei retribuindo a confiança depositada no meu trabalho. Existe um plano da CBX de eu passar uma semana no exterior fazendo um curso sobre técnicas de treinamento da escola russa. E um projeto futuro é fazer um manual de treinamento para ajudar o jogador a partir de 1800 a chegar em 2200 que acho que é um projeto que estranhamente ainda não existe.

Cite os principais nomes na renovação do xadrez brasileiro?

Entre os homens gostaria de citar o Molina e o Evandro que, na minha opinião, serão os dois próximos GMs do Brasil. Dos jogadores paulistas ponho muita fé no Matheus Nakajo e no Luis Paulo Supi que acho que se seguirem trabalhando duro serão GMs também. Não cito o Shumyatsky, pois pelo que ouvi dizer ele parou de jogar, senão seria uma aposta óbvia. No feminino, a Vivian Heinrichs e a Vitória Ramilo são minhas apostas para um futuro breve, a Artemis eu acho que é uma realidade incontestável, por isso não coloco como aposta. Das mais novas, acho que a Katherine Vescovi vem crescendo a cada torneio e apostaria nela para a próxima Olimpíada na Noruega. Alaíze Dallorsoletta, Fernanda Rodrigues e Ramyres Coelho são outras em quem eu apostaria hoje.

Espaço para as considerações finais e/ou agradecimentos.

São muitas pessoas e a gente sempre acaba esquecendo alguém, mas vamos lá: Primeiramente a minha mãe, a pessoa mais generosa e abnegada que conheci, por tudo que sempre fez por mim e continua fazendo, graças a ela posso pensar só no xadrez. Meu pai que me ensinou a jogar esse jogo maravilhoso e sempre foi um ídolo pra mim, meu irmão Marcel grande incentivador que tenho e que era um enxadrista melhor que eu mas resolveu ganhar dinheiro (risos) e a minha irmã Flávia, exemplo de superação. A Vanessa Gazola que divide comigo as alegrias e tristezas do dia a dia já há quatro anos. Aos meus professores Hélder Câmara e João Braga, pelos ensinamentos dentro e fora do tabuleiro. A Roberto e Iara Jukemura que apostaram em mim quando eu não era nada e são verdadeiros pais para mim. Queria agradecer minha querida aluna Vanessa Feliciano por sempre ser tão carinhosa comigo e com ela como representante agradeço a todos os meus alunos que me deram tantas alegrias ao longo desses 10 anos de profissão. Já mostrei minha gratidão em outras perguntas, mas não poderia deixar de citar o Pablyto por acreditar no meu trabalho. Ao meu eterno guru Jorge Ue. Não menos importante, ao Bernardo, meu amado cachorro que me mostrou um amor puro e incondicional que eu não conhecia e é uma fonte inesgotável de alegria. Aproveito também para agradecer de público ao Gérson pelas oportunidades de mostrar o meu trabalho e as minhas ideias e por ter dado ao xadrez brasileiro um site de tamanha qualidade ao longo desses mais de 10 anos.