O jornal online 16×16, publica, hoje uma interessante entrevista com o xadrezista de origem checa, da Associação Académica de Coimbra (A.A.C.), o GM Petr Velicka, radicado no nosso país desde 2004.
Na entrevista com Diana Mota, «fala da sua paixão pelo xadrez, da modalidade no nosso país e da sua ligação à Associação Académica de Coimbra» para onde veio treinar a equipa.
Pela importância, permito-me publicar os seguintes excertos desta entrevista
Que lugar considera ter o xadrez, no nosso país?
Portugal tem poucos torneios, poucos livros, tradição e não tem jogadores muito fortes. Tem apenas dois grandes-mestres activos. Falta sistema, apoios, o que é importante pois sem dinheiro nada se consegue e o xadrez nem tem muitos gastos! Temos por exemplo Espanha, que tem tudo isto e há mais competição, que é muito importante dentro dos países. Os portugueses não têm adversários no país e acabam por ter de jogar fora, o que torna tudo mais difícil pois ou têm de estudar ou trabalhar. Perdem-se muitos talentos assim. No meu país, como em muitos outros, os cafés todos têm tabuleiros de xadrez para jogar e cá é um erro não ser assim.
Há falta de tradição de xadrez aqui. Muitas crianças começam a jogar e perdem a vontade por falta de incentivos e visão de futuro…
Pois. É preciso organizar a vida para o xadrez, que é bom porque aumenta a disciplina, a concentração… Podemos aproveitar os ensinamentos para tudo na vida prática.
E, como mensagem, a terminar
Sempre digo que é muito importante estudar. Há quem tenha mais ou menos talentos, mas ao estudar aprende-se e nunca é tempo perdido. O xadrez é tipo uma escola de vida e é importante desenvolver o pensamento, o intelecto desde criança. Ninguém pode viver só do talento, é preciso muito trabalho. Mas quero também dizer que é importante divulgar esta modalidade para conseguir mais apoios e publicidade porque só com o esforço de todos se conseguem resultados.
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIA:
http://aladerei.blog.pt/tag/16x16/
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