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PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

sábado, 10 de julho de 2010

ENTREVISTA 29 - ÁRBITRO DA FIDE IGOR LUTZ.

ÁRBITRO DA FIDE IGOR LUTZ.
Nos últimos anos ele tem sido uma das figuras mais importantes dentro do xadrez regional. Deixando de lado a carreira de jogador , Igor Lutz se tornou professor de xadrez , arbitro e organizador do maior evento enxadristico que ocorre no estado de Goiás, o Circuito Goiano de Xadrez Escolar que tem uma média de mais de 200 participantes por etapa. Assim eu escolhi essa figura para a primeira entrevista do blogger pra começar bem! Acompanhemos:

01º) LGX - Como você ingressou no mundo do xadrez?
Igor- Comecei a jogar xadrez por causa de um amigo que morava na minha rua. Ele me ensinou para que eu pudesse participar dos Jogos Internos da minha escola, quando eu tinha 11 anos. Depois de um tempo, comecei a participar de torneios promovidos pela Federação, e a princípio eu não gostava, pois não haviam jogadores da minha idade no meio do xadrez. Mas logo vieram os primeiros torneios fora do Estado, e as amizades que fiz acabaram me incentivando.

02º) LGX - Quais foram as suas principais conquistas no xadrez?
Igor - Como jogador, nenhum título realmente expressivo: Campeão Goiano sub-20 em 1998, bi-campeão da Copa Fexeg e Vice-Campeão do Aberto de Goiás em 1999
Como árbitro, o título de Árbitro Fide e o convite para arbitrar o Campeonato Continental no ano passado, foram as principais conquistas.

03º) LGX - Além de um dos jogadores de destaque que já tivemos em nosso estado , você também é um professor destacado no circuito goiano , revelando vários jogadores que hoje se destacam da mesma forma que você. O que te levou a ingressar na carreira de professor?
Igor - No terceiro ano do Ensino Médio recebi uma bolsa para estudar no colégio Carlos Chagas, por causa do xadrez, e durante esse ano eu promovi alguns torneios para incentivar os alunos. A diretora gostou da iniciativa, e assim que saí fui convidado a ser professor de xadrez da escola. Gostei muito da experiência, e desde então leciono.

04º) LGX - Como você se sente vendo um aluno seu ganhando torneios, despontando no xadrez?
Igor- Ver um aluno aprender e gostar de xadrez já é o suficiente para me trazer imensa satisfação. Porém, quando o aluno desponta, a sensação é única. Alguns deles até ultrapassaram meu nível de jogo, e conquistaram títulos que eu mesmo nunca consegui. Sinto muito orgulho de todos eles.

05º) LGX - Como você orienta os alunos que começam a se destacar no xadrez?
Igor - A orientação básica é estudar, praticar e participar de torneios. Só assim o aluno pode se tornar um jogador mais forte. Com o advento da internet, jogar partidas nos sites e acompanhar bons torneios com análises se tornou algo simples e eficaz no desenvolvimento dos alunos.

06º) LGX - Você junto com Henrique Cardoso são os realizadores do Circuito Goiano Escolar de Xadrez, um dos maiores eventos do esporte no Brasil, o que é uma contradição com a realidade do xadrez no estado. De onde partiu essa idéia, e qual a finalidade do evento?
Igor - O Circuito Escolar nasceu para preencher uma lacuna no xadrez escolar do estado. A Fexeg, com a ineficácia costumeira, nunca promoveu como deveria o xadrez de base, e o Circuito surgiu como alternativa para suprir a necessidade de torneios voltados para crianças e jovens.

07º) LGX - Na sua opinião, o que o xadrez contribui na formação do ser humano e porque ele é importante nas escolas?
Igor - Essa pergunta merece uma longa resposta, mas resumindo, o xadrez é um jogo essencialmente ético, carregado de valores e significados históricos. Como diria Tarrash, no xadrez todos são intelectualmente produtivos, e capazes de experimentar grande satisfação ao jogar uma partida. Seu encanto é peculiar.
A presença do xadrez na escola, independente se nas aulas de Educação Física, na grade curricular ou por projetos, é de grande importância para o desenvolvimento dos alunos, auxiliando no processo educativo, desde a cognição, capacidade de concentração, abstração e raciocínio lógico-matemático até o trabalho com elementos lúdicos.

08º) LGX - Mudando de assunto, você nos últimos tempos parece ter abandonado os tabuleiros, para se dedicar ao xadrez de uma outra forma, tornando-se arbitro. O que fez você partir para esse lado do esporte e o que te acrescentou quando você se tornou arbitro.
Igor - Desde o início da "carreira" de professor organizei torneios e eventos para os alunos, e isso me motivou a aprender mais sobre arbitragem. Em 2006 fiz o curso do AI Mauro Amaral e oficializei minha condição de árbitro.
Descobri que sou muito melhor árbitro que jogador!! Na migração dos tabuleiros para a arbitragem, tive a oportunidade de conhecer pessoas que colaboraram muito com o meu aprendizado.

09º) LGX-Como você avalia o xadrez hoje no estado de Goiás?E já vou perguntando o que precisa pra melhorar?
Igor-O xadrez em Goiás não poderia estar pior. Não existem torneios, incentivo, transparência...
Os clubes estão completamente parados, e a eleição (sempre fraudulenta) perpetua a péssima administração. Além disso, a Fexeg enfrenta dois processos judiciais que dizem respeito à documentação irregular e a própria eleição da atual diretoria.
O que move a diretoria da Fexeg (ou o que sobrou dela) é o jogo de interesses, como por exemplo a Bolsa Esporte, que se tornou "moeda de troca" entre jogadores e federação.
O Campeonato Goiano caiu no descrédito, como todos os outros eventos da federação, que de oficiais só têm o nome. Afinal, não são enviados para a CBX para serem calculados e reconhecidos, ou seja, não valem absolutamente nada.
Por tudo isso, entre outras tantas coisas, escolhi me filiar pelo Distrito Federal, assim como Luciano Alves, Henrique Cardoso e todos os nossos alunos. É a única forma de termos certeza que o dinheiro não será embolsado pelos nossos atuais dirigentes.
Para que tudo isso mude, é preciso a total reformulação da forma de eleição da diretoria da Fexeg por uma mais justa e transparente, que não dê direito de escolha a pessoas ou entidades que estão completamente desvinculadas do xadrez goiano, e que favorecem a manipulação e fraude. Esse seria o ponto de partida.
Além disso, a reativação e fortalecimento dos clubes do interior, a promoção de eventos sérios, a justa distribuição da Bolsa Esporte (a quem realmente merece, e não a quem apóia as malandragens da diretoria) e a promoção do xadrez escolar podem ser pontos que tornem o xadrez em Goiás atrativo novamente, digno de respeito no Brasil.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIA:
http://ligagoiana.blogspot.com/2010/02/entrevista-com-af-igor-lutz.html

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