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PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ENTREVISTA 69 - C. A. FARINHO.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.damasciencias.com.br/entrevistas/entrevista_fco_marcelo.html


DUAS ESCOLAS

Estamos, sem dúvidas, diante de dois jovens talentos: Marcelo e Iuri. A formação e o desempenho deles, no entanto, convidam-nos a reflexões comparativas.
Marcelo, como se pode depreender de sua entrevista, teve como fator principal  na sua escola de Jogo de Damas a prática, a intensidade de partidas jogadas, onde a teoria participou tardiamente. A profundidade das análises não faria parte do seu desempenho eficientíssimo nas partidas de pouca duração.
Iuri teve como orientador um Mestre que o colocou em contato, desde o início de seu aprendizado, com a teoria existente. Foi convidado a calcular com profundidade e a tomar decisões próprias em consequência dessas análises elaboradas.

Dois conceitos, duas escolas. Marcelo extremamente treinado na partida rápida ou na partida relâmpago, esta hoje denominada de forma snobe por "blitz", de análise curta. Iuri treinado para a partida de análise profunda, preparado para dominar e essência de um jogo de reflexão, de racicínio.
O acima observado encontra confirmação do desempenho dos dois talentos no Campeonato Mundial Juniors de Partidas Relâmpago de 3 minutos, realizado na Ucrânia a 26 de abril de 2002, onde Marcelo obteve o título de Campeão Mundial, vencendo todos os seus adversários. Iuri classificou-se em terceiro. No mesmo Campeonato, mas na versão de 15 minutos, Marcelo repete um feito notável ao classificar-se em segundo lugar.

Já no mesmo IX Campeonato Mundial Juniors, realizado no período de 20 a 26 de abril, onde foi usado o tempo de 1 hora para os primeiros 35 lances mais 15 minutos nocaute, tivemos Iuri como campeão e Marcelo colocado em 13.º lugar entre os 24 participantes.
Este é um importante tema de reflexão para dirigentes, organizadores e responsáveis pelo nosso esporte.

A prática de partidas rápidas hoje usada em grande maioria de competições, sob vários pretextos, mas cujo objetivo predominante é o comercial, nos encaminha para um destino perigoso que é a negação da essência do próprio Jogo de Damas: o raciocínio, a análise profunda e a criação. É a transformação do Jogo de Damas no inconsequente "Jogo da Velha".

Dirk Dagoberto Riemsdick, enxadrista de renome, perguntado sobre esta modalidade de partida responde que ela é o "fast food" do xadrez, a transformação do homem no autómato, o abandono do poder de raciocinar, de criar. Enfim, a robotização dos jogos intelectuais.
A aceitar-se a partida rápida como normal, qual o papel educativo quanto ao raciocínio, planejamento, criação, caberá ao Jogo de Damas?
C. A. Ferrinho

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